sábado, 20 de dezembro de 2008

Desprendimento e desapego... a mente agradece.


Por um momento, atingi um nível de desprendimento em relação ao meu pensamento como há muito tempo não ocorria... Simplesmente apaguei, sem ao menos dormir, e com a mente totalmente vazia. E só fui me dar conta após alguns segundos, quando a música parou... Ainda fiquei naquele sonho por um breve período, mas então ouvi o silêncio... e acordei... E aí sim minha mente voltou para o lugar onde eu estava, e os meus olhos então também voltaram... "Foi bom? Foi ruim?"... Apenas foi. Foi praticamente uma meditação, ali no meio de todo aquele tumulto, de tanta gente apressada e cansada. Levantei, desci e voltei para o meu destino num estado lindo, calmo, tranqüilo, mas ao mesmo tempo muito atento, muito ligado às minhas questões internas, aos meus pensamentos, só que de uma maneira muito mais leve, mais relaxada. Até parecia um outro caminho, mas não era... era o mesmo caminho de sempre, mas visto com outros olhos... O que mostra que é preciso pouco, muito pouco, para enxergar as coisas de um modo diferente, para conseguir admirar o belo que está em tudo... "Isso não soa meio piegas?" Talvez sim, mas isso também depende do ponto de vista de quem vê, do estado dos olhos de quem vê... e aqui olhos não são apenas olhos... Entendeu o que o olhar representa aqui? "Não sei, espera aí, deixa eu olhar de novo..." Tudo bem, pode olhar, mas acho que assim não vai funcionar... E viva o desapego...

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A dependência de olhar e enxergar. Não apenas olhar, mas enxergar...


Me senti só quando fiquei sozinho hoje, o que é estranho para mim. Não pode ter sido por ficar sozinho, afinal de contas, a solidão me faz bem... Mas o que pode ter acontecido? E não foi apenas sentir-se só. Me senti literalmente excluído, e talvez realmente eu tenha sido excluído hoje. "Mas, e daí? Você estava lá, onde mais queria estar. O que ocorreu depois, ou o que não ocorreu depois, não pode apagar isso..." É, eu sei... mas me senti assim, vou fazer o quê? Não sentir? "Não, não... claro que não. Sinta, sinta tudo sempre... mas com consciência de que foi apenas um instante de instabilidade." Mas por que instabilidade? Não pode ter sido um momento de reflexão profunda, de análise de uma situação, onde para conseguir enxergá-la foi necessário acessar esse estágio? "Sim, sim... também pode... com a mente, tudo pode. Daí a importância de saber olhar para isso. Não vou dizer 'olhar para dentro' porque pode parecer meio clichê, meio falso, mas é mais ou menos por aí, o sentido é esse..." É, é, é... mas eu me senti ainda mais estranho. Me senti dependente de alguma coisa, mas não sei bem ao certo do que era essa dependência. "Ah, pode não ser nenhuma dependência... Ou melhor, pode ter sido a dependência que está em você, da necessidade de parar de vez quando e olhar... poucos fazem isso: olhar. Mas olhar no sentido de olhar e conseguir enxergar, não apenas olhar... "... ... ... ... ... .